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Reflexões da atualidade

EXAUSTOS E CORRENDO E SEM TRÉGUAS

Nossa sociedade adoeceu com a tecnologia! E o COVID? Certamente, ele é uma realidade que estamos aprendendo a lidar e veio para ficar. Independente dele, nossas vidas foram mudando com muita velocidade nos últimos anos. Hoje, somos a sociedade do desempenho. Trabalhamos 24h por dia e 5 dias por semana? Não quando podemos ser alcançados por um toque no celular e não precisa nem ser uma ligação: é apenas um toque. Somos alcançados em segundos nas 24 horas de qualquer dia, pelos clientes, pelos chefes, por quem quer que nos queira no momento. Assim, sem dó nem piedade, tudo tem uma urgência imperiosa.

Tudo é disponibilidade e a internet é usada para derrubar barreiras e permitir a presença indiscriminadamente, sem tempo e espaço para não comparecer.

Somos “meio que máquinas”, dentro deste sistema virtual!

Na verdade, sermos essa pessoa tão disponível, nos coloca em risco, aumenta a ansiedade, a sensação permanente de “estado de urgência” que nos leva ao pânico e até à depressão. Adoecemos como superpotentes e “onipresentes”.

Falamos muito e ficamos mais sozinhos. O peso de tudo não permite que nosso corpo descanse e que nossa mente se recupere.

A necessidade de sermos multitarefas acaba com o “ócio criativo”. Como os grandes filósofos gregos preconizavam.

Hoje, temos que executar uma tarefa qualquer, atendendo ao celular, respondendo a um WhatsApp, comendo e assistindo à Netflix e ainda xingando alguém no Facebook, atualizando um story e conferindo as publicações do Instagram. Junto a isso, vendo a questão das compras, da escola do filho e dirigindo…. Dirigindo? Pois é, o uso do tempo indiscriminado, nos tira do eixo, do EU.

Nossa atenção é fragmentada e inquieta. A publicidade nos ataca em qualquer ferramenta e nos persegue indiscriminadamente. Olhei um colchão um dia e agora ele cai em minhas falas, em minhas pesquisas, em meu trabalho e veio parar em meu celular!

Socorro, não quero um colchão!

Ou será que é um sinal?

Minha mente se confunde com o início de meus propósitos e vou em frente sem saber onde estava e para onde ia.

Olha!!

Passei a padaria e não notei.

Para onde vamos? Eu não sei!

Precisamos urgentemente ter em nossos lares um lugar para sentar e DESLIGAR!
Desligar a TV, o computador, colocar o celular no silencioso e ficar ali, olhando para fora e para dentro – tomando um sorvete ou lendo um livro!
Meu lugar, meu espaço!

Um comentário

  1. Bernardo Andrade

    O artigo aponta com clareza a invasão da nossa mente pela “disponibilidade indiscriminada”, resultando em uma atenção tão fragmentada que perdemos o “EU” e até o senso de direção, como na perda da padaria. A perseguição publicitária do “colchão” exemplifica bem essa confusão de propósitos. É vital, então, buscar o “meu lugar, meu espaço” para desligar e restabelecer a conexão com nossos próprios pensamentos e objetivos.

  2. Alexandre Fogaça

    O artigo tece uma crítica pertinente à exaustão crônica da “sociedade do desempenho,” na qual a onipresença digital impõe uma disponibilidade indiscriminada que anula as barreiras entre trabalho e vida pessoal. Ao descrever a fragmentação da atenção causada pela multitarefa incessante, o autor acerta ao identificar a anulação do “ócio criativo” como uma perda significativa para a saúde mental e a capacidade de reflexão. A urgência de “desligar” e de recuperar o controle sobre o próprio tempo emerge como um ponto central para mitigar a ansiedade generalizada e a sensação permanente de “estado de urgência” que permeiam o cotidiano.

  3. Dra. Natália Garcia

    Caramba, que texto cirúrgico! Eu me identifiquei totalmente com a sensação de estar “meio que máquinas” e a mente fragmentada. A crítica sobre a perda do “ócio criativo” é o ponto principal para mim, porque a gente realmente perde a capacidade de ter ideias originais no meio de tanta notificação de WhatsApp, Netflix e o desespero de ser multitarefa o tempo todo. A parte do “olhei um colchão e agora ele me persegue” é a prova de que a nossa atenção está sendo roubada até nos momentos de descanso. A ideia de ter um “lugar para sentar e DESLIGAR” é urgente, e estou me esforçando para criar esse espaço sagrado em casa, longe de toda essa urgência imperiosa.

  4. João Lucas Albuquerque

    Nossa, que sacada genial! O artigo acerta em cheio ao mostrar como essa “disponibilidade” 24h, imposta pela tecnologia, nos fragmenta tanto que a gente perde o “EU” de vista. Aquele trecho sobre olhar o colchão e ele te perseguir depois é a prova de como nossa mente está sobrecarregada, sem espaço para o “ócio criativo” dos filósofos gregos. Eu sinto que a gente passa o dia “correndo e sem tréguas” e, no fim, não sabe nem para onde estava indo, igual no exemplo de “passar a padaria e não notar”. A solução de “sentar e DESLIGAR” é urgente para resgatar nossa atenção e propósito.

  5. Maria Isis da Mota

    A análise da “sociedade do desempenho” e da constante “disponibilidade” 24h por dia, como descrito no texto, acerta em cheio ao identificar a causa da nossa exaustão. A pressão de estarmos sempre “onipresentes” e a fragmentação da atenção, acabando com o “ócio criativo” e elevando a ansiedade, é uma realidade inegável. O artigo capta bem essa sensação de urgência constante que nos impede de processar a vida com calma. No entanto, a sugestão de “desligar” parece um paliativo individual para um problema que é estrutural e sistêmico, exigindo uma mudança cultural mais profunda do que apenas a iniciativa pessoal.

  6. Helena Barbosa

    O artigo toca em um ponto crucial ao descrever a sensação de esgotamento na “sociedade do desempenho,” onde nos tornamos “meio que máquinas” constantemente disponíveis. No entanto, fica a dúvida se a tecnologia é de fato a causa primária do problema ou apenas a ferramenta que facilita uma pressão social e econômica preexistente, imposta por chefes e clientes. A sugestão de criar um “lugar para sentar e DESLIGAR” é válida, mas talvez insuficiente para resolver o problema sistêmico que nos força a ser “onipresentes” e multitarefas.

  7. Lívia Peixoto

    O artigo toca em um ponto crucial ao descrever a exaustão da “sociedade do desempenho” e a perda do “ócio criativo”, mas me pergunto se a tecnologia é de fato a causa primária dessa ansiedade. Não seria mais preciso encarar a tecnologia como uma ferramenta que apenas potencializa a exigência de disponibilidade 24/7 imposta por uma cultura de trabalho que já valorizava a performance extrema, do que culpá-la por nos tornar “meio que máquinas”? A verdadeira questão talvez seja a dificuldade em estabelecer limites pessoais e profissionais, independentemente do dispositivo que recebemos o toque.

  8. Srta. Helena Garcia

    O artigo toca em um ponto nevrálgico ao descrever o esgotamento da “sociedade do desempenho” e a dissolução das barreiras entre trabalho e vida pessoal. No entanto, a fragmentação da atenção e o estado de “urgência imperiosa”, embora exacerbados pela tecnologia, parecem ser sintomas de uma estrutura socioeconômica mais profunda que impõe a precarização do trabalho e exige a onipresença como condição de sobrevivência, tornando a desconexão um privilégio e não uma escolha viável para a maioria.

  9. Bryan Duarte

    A reflexão apresentada no artigo transcende a mera descrição da exaustão generalizada e da sobrecarga de trabalho. O ponto mais agudo reside na constatação de que a “sociedade do desempenho” e a “disponibilidade indiscriminada” corroem a própria essência do indivíduo. A referência de que nos tornamos “meio que máquinas” ilustra com precisão o risco da desumanização. Ao fragmentar nossa atenção em múltiplas tarefas simultâneas, conforme detalhado no texto (dirigindo, respondendo WhatsApp, assistindo Netflix), perdemos a capacidade de introspecção e, consequentemente, a conexão com o “EU”, resultando na sensação de desorientação (“sem saber onde estava e para onde ia”).

    A crítica do artigo ao aniquilamento do “ócio criativo” dos grandes filósofos gregos ressalta a importância da contemplação como antídoto à hiperatividade. A proposta final de criar um espaço de “desligamento” nos lares (“Meu lugar, meu espaço!”) não se restringe a uma simples pausa, mas sim a uma urgência existencial de resgatar o pensamento reflexivo. Se o sistema nos impõe a urgência e a onipresença, a única resposta viável é a deliberada criação de momentos de quietude para reorientar o propósito e mitigar os riscos à saúde mental, como o pânico e a depressão, explicitados no texto.

  10. Dr. Gustavo Henrique Mendes

    A análise do artigo sobre a “sociedade do desempenho” e a “atenção fragmentada e inquieta” reflete um cenário de sobrecarga cognitiva e esgotamento da capacidade atencional, intrínseco à dinâmica da economia da atenção. A constante perseguição publicitária, explicitamente mencionada, exemplifica como o capitalismo de vigilância explora nossa disponibilidade contínua, minando a autonomia cognitiva e exacerbando o tecnostress descrito, impactando a saúde mental e a percepção do “EU”.

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