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Como a pandemia influencia as tendências de decoração para 2021

Quando pensamos em tendências de arquitetura e design de interiores para o ano de 2021, não podemos perder de vista que estamos sob a influência de um ano totalmente atípico, dominado por uma pandemia que nos deixou muito mais caseiros que o nosso normal.

E o que se verificou com esta necessidade de estar mais em casa? Que as pessoas passaram a olhar seus ambientes de uma forma diferente, em busca de bem-estar e identificação com mobília, utensílios, e todos os objetos da casa que têm a vocação de funcionalidade.

Espaços que antes que eram pouco usados nas residências passaram a fazer parte das necessidades do dia a dia das famílias. E as pessoas começaram a buscar alternativas para deixar seus lares mais sintonizadas com suas características pessoais. Isto influenciou desde as cores escolhidas como tendência aos tipos de móveis e revestimentos.

As cores – A Pantone(*) divulgou a combinação de amarelo com cinza, em todos os tons, como a mais importante tendência. Esta é uma combinação que funciona para tudo – porque faz um balanço entre uma cor “séria”, mais neutra (o cinza) com uma cor mais alegre, que remete ao lúdico (o amarelo), o que deixa o espaço descontraído e leve ao mesmo tempo.

*Pantone LLC é uma empresa sediada em Carlstadt, estado de Nova Jersey, Estados Unidos. É mundialmente conhecida por seu sistema de cores largamente utilizado na indústria gráfica. Fundada em 1962, tem despertado no mundo como uma lançadora de tendência de cores para todos os fins.

Ambientes integrados – Os ambientes integrados, popularmente conhecidos como “conceito aberto”, também são uma tendência, porque possibilitam que, estando mais em casa, as famílias possam acompanhar tudo o que se passa com os filhos e com pessoas idosas, que necessitem de acompanhamento. A comunicação entre todos também se beneficia desta tendência. Nesta proposta, o grande desafio é o home office, que passou a exigir um espaço mais isolado dentro da casa.

Madeira – A madeira nos pisos, nos revestimentos das paredes e nos móveis aquece o ambiente, e mostra-se uma das principais tendências para o ano de 2021. Por ser um componente da natureza, a madeira promove a sensação de acolhimento, além de ser de fácil harmonização com itens de decoração.

Tecidos para móveis – Quando o assunto são móveis para sentar, os tecidos de revestimento são os mais fofinhos possíveis. Tecidos como “boucle”, com toque macio que remete a muito conforto, está entre os tops na lista de tendências.

Biofilia – A conexão com a natureza não se dá apenas com o uso de materiais que remetem à madeira. O que se observa é uma busca por plantas, como flores e folhagens. As floriculturas de mudas nunca venderam tanto como neste ano. E muitos buscam também um espaço para organizar uma horta interna, com o cultivo de temperos.

Esta tendência, chamada de biofilia, que é a valorização de itens da natureza nos ambientes internos, inclusive como uma forma de promover equilíbrio emocional, é atualmente uma das tendências mais estudadas e valorizadas pela arquitetura.

A colocação de vasos com plantas em todos os ambientes da casa é uma tendência que tem se mostrado em crescente. E os jardins verticais, com sistemas de irrigação inteligentes, usados em varandas, banheiros e até mesmo em salas de estar, estão no topo das tendências para o ano.

Metais/estilo industrial – O uso de metais como um componente em móveis de madeira, especialmente para ambientes de estar, varandas e cozinhas, é uma das tendências que chama a atenção. São componentes que ajudam na produção de um ambiente estilo industrial, descolado, com ar de descontração que dá leveza ao ambiente. Metais pintados de preto ou com acabamento oxidado são os mais usados. Os suportes para vasos de plantas e outros itens de decoração também podem ser produzidos nesta “vibe”.

 

Automação/Residências inteligentes – A automação residencial ganhou mais espaço na pandemia. Não apenas por ser um componente que pode inclusive contribuir para a redução de custos como energia elétrica, mas porque a evolução destes sistemas também tornou estas tecnologias mais acessíveis. O que no passado só era realidade em mansões hoje pode fazer parte da infraestrutura de lares mais comuns, com alguma tranquilidade.

Entre as tecnologias mais acessíveis estão o uso de comando de voz para ligar e desligar eletrodomésticos e acender e apagar luzes. Entre os itens mais caros, sistemas para abertura e fechamento de portas e janelas,

 

Home office – O espaço para home office é a sensação da pandemia. Com a transferência de profissionais de todas as áreas para o trabalho remoto, o “cantinho para trabalhar” passou a ser uma necessidade de uso permanente.  Com isto, mesmo nas casas pequenas, tornou-se necessária a organização de um local de trabalho com cadeira adequada e boa iluminação. Um desafio e tanto para todas as famílias, que aos poucos vão encontrando soluções criativas.

Iluminação natural – As pessoas passaram a buscar residências  com riqueza de opções em iluminação natural. E para quem vai construir, este é um item que com certeza não poderá faltar. Como estamos mais reclusos, temos necessidade de entrada de luz que nos dê a ilusão de estarmos “fora de casa”.

Luz neon – E a luz neon, tão cultuada nos anos 80 e 90, voltou a ser um item importante na decoração, como um complemento a móveis, ou até mesmo em objetos de decoração. Utilizado especialmente em ambientes como quartos e banheiros. Em quartos, pode ser um componente para criar uma atmosfera relaxante e convidativa para momentos de intimidades.

O que está muito claro como TENDÊNCIA MAIOR 2021 é que as pessoas querem que seus lares sejam especialmente projetados para um jeito de viver melhor e mais conectado com o que é bom.

 

 

Um comentário

  1. Manuella Pereira

    Nossa, adorei a análise do artigo! É muito reconfortante ver que as tendências de decoração estão finalmente sintonizadas com a forma como realmente vivemos. A ideia de que “as pessoas querem que seus lares sejam especialmente projetados para um jeito de viver melhor e mais conectado com o que é bom” resume perfeitamente o que a pandemia nos ensinou. Antes, o foco era ter uma casa bonita para receber visitas ou para postar nas redes sociais. Agora, o foco mudou para o bem-estar e a funcionalidade do dia a dia. Percebi isso na minha própria casa: a sala de estar, que antes era só um espaço de passagem, virou o centro das atividades familiares.

    Concordo demais com o destaque dado à biofilia e ao conforto. A busca por plantas, mencionada no artigo, é uma realidade que me tocou profundamente. Eu mesma criei um pequeno jardim vertical na minha varanda e percebi como o verde das plantas e a horta de temperos que montei transformaram o ambiente, trazendo uma sensação de calma. A ideia dos tecidos “fofinhos”, como o “boucle”, também reforça essa necessidade de aconchego. A casa não pode ser apenas esteticamente agradável; ela precisa ser um refúgio tátil e visual, onde nos sintamos realmente acolhidos, especialmente quando o mundo lá fora está incerto.

    O artigo abordou de forma muito precisa a contradição do “conceito aberto” versus a necessidade de um espaço isolado para o home office. É o grande desafio da nova arquitetura. A gente quer a integração familiar, mas também precisa de privacidade e concentração para trabalhar remotamente. A menção à automação e à iluminação natural como formas de otimizar o lar e reduzir o estresse é crucial. No final das contas, as tendências de 2021 mostram que o design de interiores deixou de ser apenas sobre estética e passou a ser uma ferramenta para nos ajudar a viver melhor e de forma mais saudável. É uma mudança de mentalidade que veio para ficar.

  2. Manuela Jesus

    O artigo toca em um ponto crucial que define a dicotomia do design pós-pandemia: a tensão entre os ambientes integrados e a necessidade de isolamento. Enquanto a tendência do conceito aberto ganhou força para aproximar a família (como o texto destaca, para acompanhar filhos e idosos), o home office impôs o desafio de criar espaços isolados de concentração. Essa busca por integração versus isolamento foi o grande nó para a arquitetura em 2021, mostrando como a funcionalidade e o bem-estar precisaram se adaptar a necessidades opostas dentro do mesmo lar.

  3. Lucas Gabriel Garcia

    Que demais ver esse artigo detalhando como a gente se adaptou! O ponto principal, na minha visão, é como o design de interiores deixou de ser só estética para se tornar uma ferramenta de bem-estar. O texto acerta em cheio ao destacar a biofilia e o uso da madeira como tendências de acolhimento. Eu senti muito isso em casa: a busca por plantas e materiais naturais, como a madeira, para criar uma sensação de refúgio e equilíbrio emocional. E essa busca por conforto também se reflete nos tecidos fofinhos, tipo o “boucle” que o artigo cita, que trazem um toque de aconchego que antes era secundário, mas que virou prioridade absoluta com a vida mais caseira.

  4. Eduarda Peixoto

    Gostei muito da análise! A pandemia realmente mudou a forma como a gente enxerga a casa, e o artigo pegou bem essa necessidade de bem-estar e funcionalidade. A tendência da biofilia, por exemplo, é super real, vi muita gente correndo pra floricultura e fazendo horta interna pra ter mais verde em casa. Mas um ponto que o texto levanta e que é um baita desafio é conciliar os ambientes integrados (conceito aberto), que o artigo diz que são ótimos pra família ficar unida, com a necessidade de ter um home office isolado e funcional. Pra quem tem pouco espaço, essa é a grande dificuldade, né? Ter que criar um “cantinho para trabalhar” que ao mesmo tempo se encaixe nesse conceito aberto é o dilema de 2021. 🤔

  5. Larissa da Luz

    Que artigo excelente! É impressionante como a pandemia nos forçou a reavaliar a importância do nosso lar. Fui uma das pessoas que, ao passar mais tempo em casa, percebeu a necessidade de transformar o ambiente de um jeito mais profundo. O artigo capturou perfeitamente essa transição de uma decoração focada na estética para uma busca genuína por “bem-estar e identificação” com o espaço. A mudança de mentalidade é nítida: passamos a valorizar o que realmente nos acalma e nos atende no dia a dia.

    Achei super acertada a abordagem sobre a biofilia, a conexão com a natureza. Em meio ao caos da pandemia, ter plantas em casa foi um refúgio para muita gente. Eu mesma comecei a cultivar temperos na varanda e percebi como isso impacta positivamente o meu humor. O artigo também destaca a tendência dos tecidos mais fofinhos, como o boucle. Essa busca por conforto no toque e no visual, combinada com a “madeira” nos revestimentos, reflete a necessidade de “acolhimento” que o artigo menciona. É como se estivéssemos tentando recriar um abraço dentro de casa.

    E o que dizer sobre a automação residencial? O artigo tem razão em apontar que a tecnologia se tornou mais acessível e deixou de ser um luxo para se tornar uma aliada da funcionalidade. A possibilidade de controlar luzes e eletrodomésticos por comando de voz não é apenas conveniência; é sobre simplificar a vida em um período que já era complexo. É ótimo ver que o design está finalmente alinhado com o nosso modo de viver, e não o contrário. Todas as tendências de 2021 apontam para um futuro onde a casa é um refúgio inteligente e aconchegante. Amei a análise!

  6. Dr. Yago Silva

    Que demais ver esse resumo de tendências! O artigo capturou perfeitamente o espírito da época, que foi a busca por “bem-estar e identificação” com a casa, porque a gente precisou se conectar de verdade com o lar. Eu sou uma prova viva da tendência da biofilia: as floriculturas de mudas nunca venderam tanto porque eu gastei um dinheirão lá, transformando meu apartamento em um jardim vertical para ter esse equilíbrio emocional que o texto menciona. Adorei também a menção ao contraste do cinza com o amarelo da Pantone, que é exatamente o que a gente precisa: um equilíbrio entre o sério e o descontraído nesse novo normal. E o home office? A “sensação da pandemia” foi o desafio de achar um cantinho decente para trabalhar em casa, concordo plenamente que se tornou uma necessidade permanente. No fim, a tendência maior é essa mesmo, a de projetar a casa para um jeito de viver melhor e mais acolhedor.

  7. Yasmin Garcia

    Que bacana ver como o artigo traduziu essa virada de chave! A gente realmente parou de ver a casa só como dormitório e transformou em santuário, né? A parte da biofilia e da busca por plantas e hortas internas me pegou demais. Eu senti isso na pele e investi pesado em folhagens na varanda, criando aquele “equilíbrio emocional” que o texto menciona. Essa vibe acolhedora de se reconectar com a natureza em casa combina demais com a tendência de tecidos fofinhos e madeira, transformando o lar em um verdadeiro refúgio. É reconfortante ver que o design está acompanhando essa necessidade de bem-estar.

  8. Diogo Leão

    O artigo traz uma perspectiva interessante sobre como a pandemia valorizou o lar. No entanto, me questiono até que ponto tendências como a automação residencial “mais acessível” ou os “jardins verticais com sistemas de irrigação inteligentes” foram de fato realidade para o “lar mais comum” em 2021. Muitas famílias, diante dos desafios econômicos, talvez tenham focado mais em soluções básicas de funcionalidade e conforto, como um “cantinho para trabalhar” otimizado, do que em investimentos tão específicos.

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