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“The Economist” sobre 2021

O que está por vir em 2021, em 20 pontos da revista “The Economist”.
Por Arnaldo Gunzi

1 – Os humanos querem se socializar novamente, mas o trabalho remoto basicamente permanecerá o mesmo. Vamos continuar a trabalhar online a partir de nossas casas cada vez mais adaptadas e com reuniões em lugares diferentes todos os meses para socializar e conectar.

2 – Escritórios vão fechar com uma porcentagem muito alta e esse modelo retrógrado será tomado por tecnologias disruptivas. A cada dia teremos mais assistentes digitais para trabalhar de forma eficiente. As grandes corporações serão sempre lembradas como os enormes mamutes de 1980-2020 em extinção.

3 – Os hotéis de trabalho desaparecem em pelo menos 50%. Viagens, congressos ou reuniões de trabalho nunca voltam a ser como eram, se puderem ser feitos online. O turismo de trabalho praticamente desaparece. As chamadas se tornam chamadas de vídeo.

4 – As casas tornam-se mais tecnológicas e adaptadas ao trabalho diário. Muitas empresas se dedicarão a resolver as necessidades de trabalhar em casa. Hoje você pode morar fora de uma cidade grande, trabalhar da mesma forma e gerar o mesmo valor.

5 – A produtividade não depende mais de um chefe que te vê, agora é por meio de plataformas que te ajudam a medir resultados, KPIs e tempos eficientes. A forma de contratação de pessoal é repensada. Contratar os melhores do mundo hoje é mais fácil, barato e eficiente. Não haverá diferença entre contratar pessoal local e estrangeiro. Hoje somos todos globais.

6 – Tudo o que é repetitivo torna-se virtual e em regime de assinatura. Igrejas, arte, academias, cinemas, entretenimento. Poucos lugares podem manter estruturas físicas como antigamente.

7 – Empresas que não investem pelo menos 10% em novas tecnologias irão desaparecer. A empresa tradicional chegou ao fim em 2020. Resta esperar sua morte final. Uma empresa de tecnologia, fresca e nova hoje, pode substituir outra que tem feito o mesmo nos últimos 50 anos.

8 – O turismo para entretenimento retorna plenamente fortalecido no segundo semestre de 2021, sempre acompanhado de muita tecnologia na sua operação, desde a compra, a operação e as experiências a serem recebidas. As pessoas apreciam mais do que nunca visitar o natural mas com soluções altamente tecnológicas. Locais mais remotos, experiências mais autênticas suportadas com assistência digital 24 horas por dia, 7 dias por semana.

9 – O tratamento de dados pessoais torna-se mais delicado e as grandes plataformas vão mudar. As pessoas voltam a pagar assinaturas devido ao senso de transparência que isso envolve. Eles preferem pagar a doar seus dados. As grandes marcas hoje valem sua credibilidade. Tudo pode ser copiado ou replicado, exceto prestígio.

10 – A força de trabalho será drasticamente reduzida e muitas operações simples serão fornecidas por IA. Em 2024, a IA já lidará com operações complicadas em milhões de locais. Uma grande temporada global de demissões está chegando. O desemprego ocorre por motivos multifatoriais e não apenas por causa da crise econômica.

11 – A educação nunca mais será igual. Cada um pode estudar o que precisar. Estudar offline e online será normal. Escolas e universidades são transformadas em um esquema híbrido para sempre. Serão aceitos candidatos sem formação universitária para cargos de menor importância, que tenham a experiência necessária.

12 – O sistema médico será adaptado com tecnologia remota para sempre. Uma consulta médica por teleconferência será normal. A vacina da COVID é muito rápida, mas você encontrará grandes desafios ao longo do caminho. Grandes hospitais repensam seu funcionamento devido às crises econômicas que sofreram com a Covid 19. As pessoas ficam menos doentes com vírus, bactérias e doenças devido ao manuseio inadequado dos alimentos, graças à limpeza recorrente do indivíduo comum.

13 – A economia pessoal se contrai, novas formas de gerar transações comerciais são utilizadas e as pessoas economizam mais. Uma alta porcentagem dos gastos da família vai para atividades que antes não tinham demanda e vice-versa. A compra de itens como roupas elegantes é substituída por roupas casuais.

14 – E-commerce continua a crescer, players como Facebook, Tik-Tok e YouTube entram para competir com a Amazon. Fechamento de 50% das lojas físicas globais. As lojas sobrevivem graças ao fato de serem experiências e showrooms, mas o comércio real no final de 2024 será maior online do que presencial em muitas áreas. Os grandes shoppings ficarão presos no tempo. Poucos sobreviverão a longo prazo.

15 – Mudanças climáticas serão um tópico muito discutido e apoiado. As grandes indústrias continuarão a se transformar com apoio da IA. A adoção da bicicleta como principal meio de transporte continuará crescendo graças à transformação das cidades. Vamos passar da questão Covid para a Mudança Climática como a questão principal.

16 – Novos modelos de informações e notícias por assinatura com mais transparência ajudarão a disponibilizar conteúdo sem tantas fake news. Credibilidade e transparência serão a pedra angular de todas as empresas. As pessoas estão cansadas de tanta informação e preferem interagir com alguns seletos provedores de informação.

17 – A saúde mental torna-se um tema recorrente. Grandes plataformas ajudam as pessoas a enfrentar as situações de agressividade, solidão e angústia que vivenciaram durante o isolamento. Há muito a repensar. As crises de liderança nas empresas serão mais comuns a cada dia.

18 – Os grandes problemas como educação, saúde, energia, segurança, política, destruição da classe média, ganham destaque. Grande capital é investido para fazer o bem, enquanto os problemas globais são resolvidos. Empreendedorismo social no seu melhor, com resultados financeiros muito substanciais.

19 – Tudo vai para o natural e saudável. Alimentos, experiências e forma de interação. 100% natural, produzir a própria comida, meditar e se exercitar, passa a fazer parte do dia a dia. Ser mais saudável é o “novo luxo”. Produtos suntuosos perdem valor e justificativa. A reciclagem está voltando muito mais forte depois de um ano de desperdício incontrolável, agora com grandes tecnologias que realmente resolvem os problemas gerados no passado.

20 – O mundo está vendo este ano como um novo começo. Um renascimento. As pessoas vão repensar seus objetivos pessoais, de trabalho, saúde, dinheiro e espirituais. Grandes oportunidades estão surgindo para satisfazer todos esses requisitos e mudanças de pensamento. Acumular, consumir e viver pelo material vai para o lado negativo. A inovação, a tecnologia, o pensamento natural e lateral são a base da nova realidade. Todos estão a tempo de encontrar novos caminhos. Você apenas tem que encontrar as novas rotas pessoais ou comerciais.

Fonte: The Economist | ideiasesquecidas.com

Um comentário

  1. Sophia Caldeira

    Essa análise da The Economist sobre 2021 é bem intensa, né? Especialmente porque ela acerta em cheio em prever que o modelo de trabalho remoto não seria uma coisa temporária. O artigo fala que os escritórios seriam “mamutes de 1980-2020 em extinção” (Ponto 2), e de fato, a gente viu essa aceleração total. A ideia de que agora dá pra contratar os melhores do mundo de forma mais fácil e barata (Ponto 5) realmente mudou o jogo pra muitas empresas. O ponto mais chocante pra mim, olhando em retrospectiva, é o Ponto 10, que fala sobre a redução drástica da força de trabalho por conta da IA. Vc vê que a crise de 2020/2021 foi só o começo de uma transformação muito maior.

    Mas o que me pegou mais foi a parte da mudança de valores pessoais e a saúde mental (Ponto 17). A The Economist acertou ao dizer que a gente ia repensar tudo (Ponto 20), e que o “natural e saudável” (Ponto 19) seria o “novo luxo”. A gente saiu de uma fase de consumo material para uma busca por bem-estar. Essa transição de gastar com “roupas elegantes” (Ponto 13) pra focar em viver de forma mais saudável e com mais propósito faz a gente parar pra pensar nas prioridades de verdade. A previsão de que a gente passaria da Covid para a Mudança Climática (Ponto 15) como foco principal também foi certeira. O artigo capturou bem essa virada de chave pós-pandemia.

  2. Sra. Anna Liz Costela

    A análise da The Economist destaca uma redefinição clara do que é valor para a sociedade pós-pandemia. A previsão de que “ser mais saudável é o ‘novo luxo’” (ponto 19) e a mudança no gasto familiar, com a diminuição da demanda por “roupas elegantes” (ponto 13), mostram que a busca por bem-estar e autenticidade está superando o consumo ostensivo.

    Essa guinada para o “natural” (ponto 19) e o foco na saúde mental (ponto 17) se contrapõem, no entanto, à automação massiva prevista no ponto 10 (“A força de trabalho será drasticamente reduzida”). O artigo não resolve a tensão entre a necessidade de um “novo começo” individual e as consequências sociais de uma economia baseada em IA, que pode gerar mais desemprego e instabilidade mental.

  3. Sr. Vitor Albuquerque

    Puxa, que análise intensa! A The Economist pegou pesado na tese de que “o modelo retrógrado será tomado por tecnologias disruptivas” (ponto 2), né? A gente sabe que o trabalho remoto veio pra ficar (ponto 1) e que o e-commerce vai dominar (ponto 14), mas essa previsão de que tudo vai desaparecer, como 50% dos hotéis de trabalho e lojas físicas (pontos 3 e 14), parece um pouco dramática demais para acontecer em tão pouco tempo. É um salto grande de “home office pra sempre” para a “morte final” de modelos de negócio que existem há décadas (ponto 7). Acho que o ponto 17, sobre a saúde mental, é o mais certeiro, porque essa transição toda tem um custo humano que não dá pra ignorar.

  4. Cauê Correia

    O artigo de Arnaldo Gunzi, baseado na The Economist, projeta um futuro pós-pandemia onde a tecnologia se torna a base de todas as interações. A visão de que “escritórios vão fechar com uma porcentagem muito alta” (ponto 2) e que o trabalho remoto se consolida como padrão (ponto 1) mostra uma ruptura irreversível no modelo de negócios tradicional. A tese de que “empresas que não investem pelo menos 10% em novas tecnologias irão desaparecer” (ponto 7) reforça a urgência dessa digitalização forçada.

    O texto também aponta para uma reavaliação dos valores pessoais e de consumo. A prioridade muda radicalmente, com a previsão de que “ser mais saudável é o ‘novo luxo’” (ponto 19) e que “a compra de itens como roupas elegantes é substituída por roupas casuais” (ponto 13). Essa mudança de mentalidade, combinada com o crescimento do e-commerce (ponto 14) e do turismo tecnológico (ponto 8), sugere uma sociedade mais focada na experiência e menos na acumulação material.

    No entanto, a grande “temporada global de demissões” (ponto 10) prevista pela automação e IA contradiz a visão otimista de que as plataformas digitais resolverão os problemas sociais e de saúde mental (ponto 17). A aceleração tecnológica descrita no artigo levanta a questão de como a sociedade vai absorver o impacto da extinção de empregos, um paradoxo que precisa ser resolvido para que o “novo começo” (ponto 20) seja realmente sustentável.

  5. Bella Vasconcelos

    A análise da The Economist, transcrita por Arnaldo Gunzi, traça um panorama de reestruturação societal que transcende a mera digitalização do trabalho. O artigo destaca o declínio de modelos tradicionais de trabalho (pontos 2 e 3) e o surgimento de um novo paradigma onde a credibilidade e a transparência (ponto 9) se tornam ativos empresariais cruciais. A redefinição do valor se manifesta não apenas na adoção tecnológica (ponto 7), mas também na ascensão do empreendedorismo social (ponto 18), indicando uma mudança de foco do acúmulo material para a resolução de problemas globais. A ênfase no natural e saudável (ponto 19) reforça essa transição, sugerindo que o “novo começo” (ponto 20) é impulsionado por uma busca por propósito em detrimento do consumo superficial. Tal perspectiva coaduna-se com a premissa de que a sociedade pós-pandêmica reavaliará o que constitui sucesso e bem-estar, deslocando o epicentro das prioridades.

  6. Natália Novais

    A The Economist projeta uma virada tecnológica e comportamental muito rápida para 2021, mas o tom de “morte final” da empresa tradicional (ponto 7) me parece excessivamente dramático. É razoável esperar que as companhias “mamutes” (ponto 2) consigam se adaptar, mesmo que lentamente, e não apenas sumir da noite para o dia, especialmente considerando a contradição de que o turismo de entretenimento (ponto 8) voltaria “plenamente fortalecido”, indicando a persistência do desejo por experiências físicas que vão além do virtual.

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